O primeiro mercado foi construído em 1876, no local do atual e deve o seu nome à ribeira do Livramento. A obra foi desenhada pelo condutor de obras públicas Marcelino Cisneiros de Faria e tinha zonas separadas para venda de peixe, frutas e hortaliças. O edifício era térreo, elegante e com duas entradas voltadas para atual Avenida Luísa Todi. Com os anos, o mercado mostrou-se incapaz de satisfazer os setubalenses e nos anos 20, do século XX, a Câmara Municipal de Setúbal resolveu construir um novo mercado, o atual, no local exato do antigo.
Durante a construção do novo mercado foi montado um mercado para o peixe na zona ribeirinha e um outro, para frutas e hortaliças, na praça dos Combatentes.
O novo edifício foi inaugurado no verão de 1930 e poucos meses depois, no seu talho 19, foi instalado o primeiro frigorífico elétrico, em Setúbal, da marca americana Kelvinator.
O edifício serviu, em algumas ocasiões, para festa, pois tinha espaço e condições.
Assim, em maio de 1933, aquando da inauguração do porto de Setúbal, realizou-se, nas suas instalações, uma festa popular, durante toda a noite.
Já neste século o edifício começou a mostrar a sua velhice e foi completamente renovado, no interior e no exterior, sendo então criadas, nas galerias circundantes, diversas salas de apoio aos serviços da CMS. Em 2012 foi novamente aberto ao público com a aparência atual.
Em junho de 2014, a revista norte-americana USA Today elegeu o Mercado do Livramento como um dos melhores mercados de peixe do mundo, o que deu origem a inúmeras reportagens, nacionais e estrangeiras, sobre o assunto.
Hoje é um ponto de passagem obrigatório para qualquer turista que venha a Setúbal.
Não se falou nos azulejos do mercado, pois eles serão objeto de uma outra crónica mais especializada.
Professor Alberto de Sousa Pereira