No dia 9 de fevereiro decorreu uma operação de remoção de um cabo de amarrações da Pradaria Marinha de Cymodocea Nodosa, na Reserva Natural do Estuário do Sado (Soltróia). Esta operação é uma história com sucesso na década do restauro dos ecossistemas marinhos. O cabo de amarrações, com cerca de 200 metros, servia de base a um ancoradouro de Verão para embarcações.
As âncoras, cabos e poitas das embarcações têm uma ação de destruição direta das pradarias. A Ocean Alive produziu evidência científica que o cabo estava a degradar a pradaria marinha. A remoção do cabo resulta de um compromisso das entidades gestoras do ancoradouro e irá alavancar a reflorestação natural e ativa da pradaria. O destino final do cabo ainda está em aberto, será reutilizado ou transformado noutros produtos.
A operação da remoção do cabo foi uma ação conjunta da Ocean Alive, da APSS, da RNES e da Capitania do Porto de Setúbal. Consistiu em 2 etapas: a remoção do cabo por mergulhadores profissionais e a salvaguarda da vida marinha associada ao cabo, com especial atenção aos cavalos-marinhos pela fragilidade destas espécies e por constituírem uma bandeira da biodiversidade das pradarias marinhas.
Colaboraram nesta operação os centros de investigação do CCMAR da Universidade do Algarve e do ISPA-Instituto de Psicologia Aplicada, várias entidades, empresas, usuários locais e a União das Freguesias de Setúbal. O restauro da pradaria impactada pelo cabo foi um projeto da Ocean Alive financiado pela Associação Viridia.