Saiba que, se quiser observar esta espécie, não pode fazê-lo em mais nenhum outro local da costa portuguesa pois esta é uma planta endémica do estuário do sado, ou seja, ela é quase exclusiva desta região, apesar do registo de alguns avistamentos noutros locais.
A Santolina, também conhecida por marcetão-das-areias, gosta de viver em solos arenosos e ácidos e de dunas estabilizadas. É caracterizada pela sua resistência à seca e, como planta perene, mantém a sua folhagem verde durante todo o ano.
É uma planta lenhosa e aromáticas que pode crescer até aos 80cm de altura. Possui um caule principal que dá origem a vários ramos ou vários caules simples que crescem eretos. Os rebentos, pedúnculos e folhas têm uma coloração acinzentada e são cobertos por pelos. As flores da planta são de cor amarela e ela floresce na altura da Primavera.
Sabias que a palavra Santolina deriva de Santonica que, por sua vez, resulta de uma abreviatura de herba santonica, isto é, “erva dos Santões”, por alusão à tribo que habitou a região da Aquitânia (França)? Santões são, também, pequenas figuras de terracota que adornam os presépios na cidade de francesa de Aubagne.
O marcetão-das-areias pode apresentar populações numerosas mas, alguns dos seus principais núcleos populacionais enfrentam ameaças, sobretudo na região costeira norte do Alentejo. A expansão urbana prevista e as mudanças nos métodos de gestão dos povoamentos florestais podem degradar a qualidade do seu habitat e reduzir o número de indivíduos dessa espécie. Está também sujeita a outras ameaças como a extração de areias e a expansão agrícola.
É uma espécie não ameaçada mas com estatuto de conservação vulnerável, protegida por legislação portuguesa e da Comunidade Europeia, nomeadamente a Diretiva Habitats.
Lembra-te que é importante preservar a biodiversidade e os habitats das diferentes espécies, todas necessárias ao equilíbrio dos ecossistemas. A biodiversidade é a base dos ecossistemas e é fundamental contribuir para a sua preservação.