“Histórias escritas e desenhadas para um fim do mundo” é o mote de “Natal de Papel”, exposição-oficina na Casa da Avenida, em Setúbal, que, até 24 de dezembro, revela criações de duas artistas e de alunos do Agrupamento de Escolas Lima de Freitas.
“O que é o fim do mundo?”, “O que vês e sentes no caminho percorrido entre escola-casa?” Estas são apenas algumas das premissas por trás da exposição-oficina “Natal de Papel”, que conta com dezenas de desenhos, pinturas, colagens, postais, serigrafias, risografias e impressões produzidas por Graça Pinto Basto, acompanhados da escrita de Maria João Frade.
A mostra, dividida pelos dois pisos da Casa da Avenida, acolhe também trabalhos desenvolvidos em sala de aula pelos alunos do Agrupamento de Escolas Lima de Freitas, constituído pelas escolas Básica e Secundária Lima de Freitas, Básica do Viso e pela Básica n.º 9 do Casal das Figueiras.
“Natal de Papel” integra uma residência artística dinamizada entre outubro e dezembro pela Casa da Avenida e por Graça Pinto Basto no Agrupamento de Escolas Lima de Freitas.
Esta residência, realizada com o apoio do Plano Nacional de Artes, teve como propósito convocar os estudantes para uma reflexão sobre temáticas diversas, como a vida, os medos, as memórias e os caminhos.
“No fundo, é um processo criativo e sensorial, feito a partir de perguntas. No que diz respeito aos caminhos, por exemplo, pedimos aos estudantes para desenharem o que ouvem, cheiram ou veem no caminho de casa para a escola”, explica Maria João Frade. “Houve jovens e crianças a desenhar pedras, vizinhos, barcos no rio Sado e a Serra da Arrábida.”
A exposição, visitada ontem à tarde por crianças do Jardim de Infância do Montalvão, é complementada com uma oficina que convida a pôr pincéis e lápis ao serviço da imaginação de cada um e criar peças originais.
O público pode visitar a exposição de quarta-feira a domingo, das 11h00 às 18h00.
O “Natal de Papel” é uma iniciativa que se realiza na Casa da Avenida desde 2011, sob diversas temáticas.
“A ideia inicial foi dar destaque ao papel, suporte de eleição, em vários formatos, textura e variedade e fazer do espaço da Casa da Avenida um lugar para ver, ler, descobrir, experimentar, conviver, celebrar a vida e a infância”, destaca Maria João Frade.
