A história da boys band “nascida” em Setúbal

A história da boys band “nascida” em Setúbal

Setúbal está a partir de sábado em prime time na RTP1, durante oito semanas, com a exibição da série de ficção “Da Mood”, gravada na cidade, que conta a história de uma boys band que se tornou o maior grupo musical de Portugal.

“É um motivo de orgulho receber toda esta equipa em Setúbal, mas também é uma opção estratégica da autarquia em assumir apoiar a realização desta telenovela de várias formas”, sublinhou a vereadora Rita Carvalho, da Câmara Municipal de Setúbal, na apresentação da nova série produzida pela SPi, realizada ao fim da tarde de segunda-feira na Casa da Baía, com a presença de muitos dos atores que nela participam.

Segundo a autarca, que recordou o sucesso da telenovela “Mar Salgado”, igualmente produzida pela SPi em Setúbal, “estimular a produção de ficção televisiva nacional” é “uma excelente forma” que os municípios têm de “promover e divulgar os territórios”, além de ser um fator de “valorização de quem trabalha no setor, dos atores aos técnicos”.

Por via da ficção televisiva, é possível “chegar a públicos muito diversificados, que, conhecendo a cidade pelas imagens difundidas por esta série, com certeza sentirão um maior apelo para a visitarem”, referiu.


E, para os que já conhecem a cidade, “acentua o reconhecimento dos valores existentes no concelho – os golfinhos, a serra da Arrábida, a reserva do estuário do Sado…”, indicou.

De acordo com Rita Carvalho, Setúbal reconhece os “importantes proveitos” com esta aposta desde que apoiou, “de diversas formas”, a realização de “Mar Salgado”, “uma das telenovelas de maior sucesso produzidas em Portugal”, e a SPi – a área do Grupo SP para produções internacionais – voltou a trabalhar na cidade porque “provavelmente” conhece a disponibilidade da Câmara Municipal “para estar ao lado destes projetos”.

O município, acentuou a autarca, deseja “o maior sucesso, neste caso que tenham as maiores audiências possíveis”, o que “só pode ser assim, dada a qualidade do elenco e a capacidade reconhecida da SP em dar excelentes produtos de ficção”.

Escrita por Henrique Dias, realizada por Sérgio Graciano e com um elenco em que marcam presença Diogo Martins, José Mata, Leo Bahia, Miguel Raposo, Tiago Teotónio Pereira – os cinco “Da Mood” –, Carolina Carvalho, Maria João Bastos e Rui Melo, esta é uma série de oito episódios, com cerca de 45 minutos cada, que se estreia este sábado às 21h00, na RTP1, ficando igualmente disponível na RTP Play.

Com Setúbal como cenário, desde a zona histórica às grandes panorâmicas da cidade com o Sado e a Arrábida como pano de fundo, conta a história de uma boys band que se tornaria a maior banda musical de Portugal – autora do megassucesso “Dói Bué” –, num tom de comédia, mas em que se tratam dos assuntos sérios que afetam a vida de qualquer pessoa, como a depressão, a adição ou os traumas de infância.

O diretor da RTP1, José Fragoso, sublinhou que a ficção portuguesa trabalha com muitas dificuldades a nível orçamental, mas nos últimos anos conseguiu “atrair o interesse das autarquias”, sem as quais as produções nacionais não seriam viáveis nem teriam a qualidade desejada.

“As pessoas comparam os nossos conteúdos com os produzidos na Finlândia, Dinamarca, Espanha, Itália e Estados Unidos e os nossos orçamentos são muitíssimo mais baixos. E se não fosse o envolvimento em muitas situações de autarquias, como acontece neste caso com a Câmara de Setúbal, essas produções não seriam viáveis e não seria possível ter o nível e a qualidade que queremos cada vez mais conseguir nas nossas produções”, sustentou.

Segundo José Fragoso, “Da Mood” é uma série “com um desenho completamente diferente” do habitual e, por ser transmitida em prime time, deve atrair um público mais jovem. “Apontamos sempre para ter centenas de milhares de espetadores nas nossas produções e aqui também julgo que conseguiremos números muito elevados. Espero que isso depois também contribua para trazer mais gente a Setúbal.”

O diretor da SPi, José Amaral, recordou a produção de “Mar Salgado” e considerou que “é fácil vir a Setúbal”, porque a cidade “tem um espaço cénico fantástico”, que “engrandece” a nova série “na imagem e no produto final”.

Esta série, referiu, é “claramente diferenciadora” e “traz alguma lufada de ar fresco àquilo que tem sido feito em Portugal”.