Um recital de ópera realizado no sábado à noite no antigo Largo da Ribeira Velha encerrou o ciclo de quatro concertos da quarta edição do Luísa Todi CantoFest – Festival Internacional de Ópera de Setúbal.
Durante mais de uma hora, quem ocupava as várias esplanadas e muitos transeuntes apreciaram as árias interpretadas por alguns cantores líricos participantes no festival, organizado pela Câmara Municipal de Setúbal e pela Grand Stage International Arts Foundation, e por outra do Ateliê de Ópera de Setúbal.
As atuações foram ouvidas atentamente e sublinhadas com aplausos, mas muitos dos espetadores que enchiam o Largo da Ribeira Velha fizeram igualmente questão de gravarem o evento nos telemóveis para a posteridade.
No final, a soprano norte-americana de origem russa Olga Makarina, diretora da Grand Stage International Arts Foundation, agradeceu a Setúbal e à população da cidade e prometeu um reencontro do festival com a comunidade sadina no próximo ano.
Agora denominado Luísa Todi CantoFest, em homenagem àquela que é considerada a maior cantora lírica portuguesa de sempre, nascida em Setúbal, o festival, após uma edição presencial e duas online devido à pandemia, decorreu em 2022 entre 16 e 24 de julho, com quatro concertos.
Incluiu uma gala de ópera no Fórum Municipal Luísa Todi, no dia 20, dois recitais na igreja do Convento de Jesus, a 22 e na manhã de 23 e o concerto de encerramento no Largo da Ribeira Velha, em plena Baixa da cidade, na noite de 23.
Além dos concertos, o programa integrou, desde 16 de julho, sessões masterclass nas quais cerca de uma dúzia de estudantes do ensino superior de música e profissionais da área, na maioria estrangeiros, aperfeiçoaram a respetiva arte com aulas de reportório, de cena e de técnica, além de participarem nos quatro eventos públicos.
Os alunos eram de sete países, concretamente de Portugal, da Sérvia, dos Estados Unidos da América, do Japão, da Roménia, da Rússia e da Ucrânia.
Os professores foram Olga Makarina, fundadora da Grand Stage Internacional Arts Foundation e cantora residente da The Metropolitan Opera, Vlad Iftinca, também da The Metropolitan Opera, Ugo Mahieux, da Ópera de Paris, Adi Bar Soria, maestro e pianista israelita vencedor de vários prémios internacionais que o levaram a atuar em salas como Gewandhaus Leipzig, Berlin Philharmonie e o Alte Oper Frankfurt, e a cantora luso-romena Liliana Bizineche e Marcos Santos, ambos da Universidade de Évora.