Os bairros dos Pescadores e Grito do Povo, em Setúbal, são o principal cenário de um documentário de ficção da autoria de Rui Paixão, cuja antestreia ocorreu no sábado à noite, na Escola Básica do Viso.
“Fato Macaco”, cocriação de Rui Paixão/Holy Clowns e Dona Edite, foi rodado entre os dias 10 e 20 de maio em Setúbal no contexto da plataforma de criação artística Rota Clandestina, promovida pela Câmara Municipal e com direção artística de Renzo Barsotti.
A antestreia do documentário executado com financiamento e apoio da autarquia realizou-se ao ar livre no recinto da Escola Básica do Viso, com a presença de perto de uma centena de pessoas.
No início da sessão, Rui Paixão apresentou o projeto, que tem como foco a recolha de testemunhos reais sobre lutas dos trabalhadores na região e atos de resistência e manifestação.
Em paralelo, assiste-se à narrativa de uma personagem ficcional com uma cabeça de boneco, interpretada por Rui Paixão, que existe misturada e confundida dentro do mundo real e reflete algumas das problemáticas associadas às condições de trabalho transversais a setores e gerações.
Ao longo de dez dias de gravação intensiva em Setúbal, entre 10 e 20 de maio, a equipa registou todos os acontecimentos sobre a integração da personagem criada por Rui Paixão neste contexto social.
Esta foi a segunda fase da residência artística, depois de na primeira Rui Paixão ter realizado um trabalho de investigação nos dois bairros, para ficar a conhecer dinâmicas, pessoas e associações, entre elas a APPACDM – Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental.
Depois da antestreia, “Fato Macaco” estreia-se no dia 2 de outubro, às 17h00, no Cinema Charlot – Auditório Municipal.
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