A Câmara Municipal e a União das Freguesias de Setúbal apresentaram ontem à noite, numa reunião com moradores, o estudo prévio do centro de saúde Maria Lamas/Bairro do Liceu, realizado pela autarquia segundo a programação do Ministério da Saúde.
No final da reunião com cerca de duas dezenas de moradores da Praceta Maria Lamas, realizada na Escola Secundária de Bocage no âmbito do programa municipal “Ouvir a População, Construir o Futuro”, foi constituído um grupo de trabalho com sete residentes, que representam os cinco edifícios existentes na praceta, para acompanhar o projeto e outras questões relacionadas com aquela zona do Bairro do Liceu.
Os moradores questionaram os impactos que o centro de saúde, que vai substituir o da Beira-Mar, vai ter na Praceta Maria Lamas, tendo a Câmara Municipal assumido o compromisso de procurar, com os técnicos municipais e com o Ministério da Saúde, a entidade que a financia e decidiu as valências e dimensão da infraestrutura, formas de minorar os efeitos causados pela instalação deste equipamento.
A Câmara Municipal assumiu a responsabilidade de construir três centros de saúde – o de Azeitão, um investimento de três milhões de euros, já está concluído, o da Bela Vista, que vai custar três milhões e 500 mil euros, tem a obra iniciada e o Maria Lamas/Bairro do Liceu, com um custo previsto de sete milhões e 500 mil euros, está na fase de adjudicação dos projetos.
O centro de saúde Maria Lamas/Bairro do Liceu vai ser composto por uma Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP) e por três unidades de saúde, cada uma para 14 mil utentes e com oito médicos, para um total de 42 mil utentes e 24 médicos, contando com dois edifícios de dois pisos e cave, um com 1333 e outro com 2987 metros quadrados de área bruta.
No edifício mais pequeno serão instaladas, entre outras valências, as unidades de cuidados na comunidade e paliativos, enquanto o maior vai acolher as três unidades de prestação de cuidados de saúde e a URAP.
O município cede o terreno, com 4900 metros quadrados, e fica responsável pelos projetos, que vão custar 150 mil euros, pela preparação do concurso e pela empreitada.
O programa municipal “Ouvir a População, Construir o Futuro” visa aproximar a gestão autárquica da população do concelho, que assim pode apresentar diretamente aos eleitos assuntos que consideram de interesse sobre os locais onde vivem ou trabalham.
O projeto, inédito a nível nacional, que decorre da visão, do compromisso e da prática de Município Participado, transversal a toda atividade da Câmara Municipal, e leva o Executivo e as Juntas de Freguesia a avaliar, em cada bairro, em cada rua, as necessidades sentidas pela população.