A fábrica de cimento da Sécil

A fábrica de cimento da Sécil

Nos inícios do século XX já se exploravam os ricos jazigos calcários da serra da Arrábida ainda que numa produção quase artesanal. Em 1906, na zona do Outão, foi criada a primeira fábrica já com produção industrial de cimento. Em 1918 a empresa Companhia Geral de Cal e Cimento, CGCC, comprou os terrenos e as instalações da fábrica existente e arrendou-os a outra empresa, a SECIL, Sociedade de Empreendimentos Comerciais e Industriais, Lda.

A partir de 1925, embora a marca SECIL continuasse a ser usada a CGCC, passou a dirigir em exclusivo o fabrico do cimento.

Mas em 1930, com o início das obras do porto de Setúbal, houve a necessidade de se ampliar a fábrica e foi então constituída a nova empresa SECIL- Companhia Geral de Cal e Cimento, SARL, com a entrada de sócios dinamarqueses, as empresas FL Smidth & Co. e a Hojgaard & Schultz A/S.

Foram assim formadas as iniciais que todos os sacos de cimentos passaram a ter estampados, como se pode ver na figura junta. Mas, para os setubalenses, a fábrica foi sempre, simplesmente, a Sécil…

A empresa foi-se desenvolvendo e em 1954 inaugurou o refeitório para o pessoal, sendo o primeiro a ser construído de raiz por uma empresa de Setúbal.

Em 1987 a empresa inaugurou o primeiro forno por via seca com uma capacidade de produção de 800 000 toneladas anuais.

Já neste século a SECIL passou por várias transformações empresariais e alargou-se para novos produtos e países. Hoje o Grupo Secil tem uma produção anual geral de quase 10 milhões de toneladas. Bem longe das modestas 10 000 toneladas do início do século XX.
Professor Alberto de Sousa Pereira